quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Homem bala!

Ontem à noite fui andar de bicicleta, devo ter saido de casa pelas 18.00, ainda era quase de dia. Os dias agora já estão a ficar mais compridos, o que na minha opinião é bom.
Parei lá em baixo na loja do amigo Figueiredo a aumentar a pressão dos pneus, porque a ideia era a de andar só em asfalto, alcatrão, pronto.

Sigo a viagem em direcção ao Seixal, e passo ali na rotunda do supermercado que tem aquela música que fica entranhada na nossa memória como o vinho fica na nossa melhor camisa, ou a relva nas nossas calças mais novas. Imagine lá isto: nananna nanana venha cá! Está a ouvir já a música a repetir-se vezes sem conta, enfim desculpe lá, mas já o consegui distrair dessa coisa que o andava a chatear desde manhã.

Passo então na rotunda e vejo lá o circo com as suas roulotes, camiões e tenda colorida, não reparei se tinha animais, deve ter, daqui a pouco quando voltar a passar esclareço esta minha duvida, mas, tinha lá bem visível que a principal atracção do circo é nada mais, nada menos que o homem bala!

E por baixo do titulo HOMEM BALA, refere que ele sai disparado a 200kmh, que velocidade!
Enquanto vou pedalando pena Nacional 10, começo a pensar nisto com maior profundidade, a tenda do circo deve ter uns 20m de diametro, o Homem Bala sai disparado a 200kmh, ora isso são 66m por segundo, o que quer dizer que em 0.33 segundos o homem bala já está a furar a lona da tenda e pouco depois, ao fim do primeiro segundo já está a aterrar no estacionamento do tal supermercado que a música diz para lá irmos de janeiro a janeiro.
Não sei qual é o preço do bilhete, mas das duas uma.
Se mantiverem a velocidade do disparo o tempo que dura o espétaculo (que horror que esta palavra fica escrita ao abrigo do novo acordo) não justifica o valor pago;
Por outro lado se reduzirem a velocidade do disparo deixa de ser um espetáculo.
Não vou ver o homem bala enquanto não me convencer que estas contas estão erradas.