quarta-feira, 6 de abril de 2011

Je Wiji (He Wéijī) ou se preferir 核危机

Apesar do mundo estar a desfazer-se como um glaciar, pelo menos é o que nos dizem com alguma frequência que está a acontecer, dado que nestes últimos tempos as boas noticias começam a escassear, ou ficam na gaveta, que isso de relatar coisas boas não é para os tempos que correm, algumas coisas positivas vão acontecendo por esse mundo fora, STOP!
Estar a falar de algo bom neste momento seria pior que a crise que se avizinhou, se avizinha e se avizinhará, seria mesmo o próprio caos, neste momento sobre a nossa cabeça paira a pior das nuvens, carregada de chuva e trovoada, com vento e baixas temperaturas à mistura, amanhã inverte-se a temperatura e virá um calor tórrido. É complicado viver numa situação destas, por isso mesmo não vamos sequer tentar falar de coisas positivas, isso não é bom, pode dar em algo mau. 
Já dizia um médico famoso, a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom...
Como a alegria também parece ser mais passageira que a tristeza, vamos esquecer a primeira.
Ok?

Hoje de manhã, dado que temos agora o privilégio de podermos estar em qualquer sitio de forma virtual em escassos segundos, decidi que não queria mais estar em Portugal, e fui até à China, lá está TUDO bem, a economia floresce, a altura média da população aumenta, a esperança de vida aumenta, o estado adapta-se (lentamente) à novas tendências sociais. 
Liguei a minha máquina de viajar e decidi que hoje ia ler um jornal chinês, o Google Chrome tem essas comodidades já que traduz quase tudo para todos os idiomas de forma simples e fui à procura dos temas que nos acinzentam os dias, Procurei por crise financeira e não encontrei, falava lá na crise do Japão mas essa é do Japão não da  China, petróleo não encontrei, Libia não encontrei, desemprego não encontrei, mas afinal o que anda aquele pais inteiro a fazer? Parece que por lá está tudo bem, excepto uns milhões de chineses que andam atrás de sal iodado porque alguém erradamente lhes disse que este sal podia prevenir os danos provocados pela libertação de particulas radioactivas no Japão.

É curioso ver que num pais onde aparentemente não há coisas más para se escrever, o mal vem do vizinho do lado que se debate com uma catástrofe provocada por um crescimento brutal provocado por uma industria limpa e segura.
Aqui em Portugal está-se mal (dizem) mas ainda podemos optar por comer comida sem sal!

Recordo-me de andar com o meu pai no camião  pelo alto-alentejo quando era miudo e ver umas placas colocadas junto à estrada sobre uma tal ZLAN, Zona Livre de Armas Nucleares, e aquilo fazia-me umas cocegas incriveis, porque raio Nisa teria uma Zona Livre de Armas Nucleares?
Hoje fico feliz de Portugal em certas coisas estar tão atrasado.
Acho que à entrada de Arez ainda lá está uma placa dessas já muito debotada do sol...

Crise Nuclear : 核危机

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