quinta-feira, 14 de abril de 2011

Perdi a caixa dos óculos, mas hoje apareceu de novo!

Uso óculos há uns 10 anos ou 15, já não consigo precisar porque a memória como a visão também vai ficando mais esbatida, mas deixemos isso para lá, mais ano menos ano a verdade é que já vejo mal sem esta coisa sobre o nariz.
Antes de ontem deixei a caixa dos óculos algures e não a voltei a encontrar até hoje de manhã. Foram quase 3 dias de desepero à procura da caixa dos óculos!

O meu amigo leitor consegue imaginar a falta que a caixa dos óculos faz? Eu nunca imaginei que este acessório fosse quase tão importante como os óculos em si.
Em estado de necessidade, à medida que as lentes dos óculos iam ficando cada vez mais sujas, e sempre com  algum receio de deixar os óculos no carro a bater contra algo e a riscarem as lentes, vivi em grande tensão, consciente que não via muito bem para onde ia, e que ainda por cima a minha ferramenta de ver bem, estava a deteriorar-se mais rapidamente que o suposto, sobrevivi até hoje de manhã, altura em que a caixa dos óculos surgiu milagrosamente sobre a mala do computador, compulsivamente abri a caixa tirei o paninho e limpei as lentes, o que me permite escrever estas linhas sem trocar as letras ao mesmo tempo que evita um monte de erros ortográficos.

Acho que até consigo pensar melhor com estas duas hastes que se prolongam dos olhos até por detrás das orelhas onde terminam em ligeira curva aborrachada para serem mais confortáveis!
E foi assim que percebi que muita da tensão que vivemos hoje, existe apenas porque andamos com os óculos sujos! Basta passar o paninho nas lentes, não use guardanapos nem a roupa, que isso só lhe vai estragar as lentes!

Recordo por exemplo, o que senti quando vi e ouvi na televisão que vem lá o FMI, e o aperto que isto vai ser, que agora tudo vai ser pior, que o caos lá vem, que muitos direitos (adquiridos) se vão esfumar no ar como um guardanapo incendiado, fiquei assaz assustado, tenso e com comichão no joelho esquerdo, ontem pensei mesmo que o FMI vai passar a andar connosco no carro e isso vai ser um problema porque o meu carro tem só dois lugares! E vai também morar lá em casa conosco, problemão se moro num T1!

Hoje de manhã, com os óculos sobre o nariz, posso ver tudo de uma forma clara!
O fim dos Nossos problemas (financeiros) chegou ao FIM (como FIM é parecido com FMI!!), vêm lá uns senhores com um camião cheio de notas de 500.00€ e com a sua chegada tudo vai ficar melhor!
Tem que ficar melhor, porque vem lá o FIM, digo o FMI, e com ele um conjunto de soluções financeiras para os problemas da nossa nação, eu quero acreditar que o FMI não é o problema, mas sim uma possivel solução para o problema.
Espero que o meu oculista não se tenha enganado na graduação dos óculos, espero mesmo, o FMI ainda não descarregou o camião e não tenho dinheiro para outra consulta.
Portanto encha-se de felicidade que o FMI é apenas o fim do FIM!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Je Wiji (He Wéijī) ou se preferir 核危机

Apesar do mundo estar a desfazer-se como um glaciar, pelo menos é o que nos dizem com alguma frequência que está a acontecer, dado que nestes últimos tempos as boas noticias começam a escassear, ou ficam na gaveta, que isso de relatar coisas boas não é para os tempos que correm, algumas coisas positivas vão acontecendo por esse mundo fora, STOP!
Estar a falar de algo bom neste momento seria pior que a crise que se avizinhou, se avizinha e se avizinhará, seria mesmo o próprio caos, neste momento sobre a nossa cabeça paira a pior das nuvens, carregada de chuva e trovoada, com vento e baixas temperaturas à mistura, amanhã inverte-se a temperatura e virá um calor tórrido. É complicado viver numa situação destas, por isso mesmo não vamos sequer tentar falar de coisas positivas, isso não é bom, pode dar em algo mau. 
Já dizia um médico famoso, a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom...
Como a alegria também parece ser mais passageira que a tristeza, vamos esquecer a primeira.
Ok?

Hoje de manhã, dado que temos agora o privilégio de podermos estar em qualquer sitio de forma virtual em escassos segundos, decidi que não queria mais estar em Portugal, e fui até à China, lá está TUDO bem, a economia floresce, a altura média da população aumenta, a esperança de vida aumenta, o estado adapta-se (lentamente) à novas tendências sociais. 
Liguei a minha máquina de viajar e decidi que hoje ia ler um jornal chinês, o Google Chrome tem essas comodidades já que traduz quase tudo para todos os idiomas de forma simples e fui à procura dos temas que nos acinzentam os dias, Procurei por crise financeira e não encontrei, falava lá na crise do Japão mas essa é do Japão não da  China, petróleo não encontrei, Libia não encontrei, desemprego não encontrei, mas afinal o que anda aquele pais inteiro a fazer? Parece que por lá está tudo bem, excepto uns milhões de chineses que andam atrás de sal iodado porque alguém erradamente lhes disse que este sal podia prevenir os danos provocados pela libertação de particulas radioactivas no Japão.

É curioso ver que num pais onde aparentemente não há coisas más para se escrever, o mal vem do vizinho do lado que se debate com uma catástrofe provocada por um crescimento brutal provocado por uma industria limpa e segura.
Aqui em Portugal está-se mal (dizem) mas ainda podemos optar por comer comida sem sal!

Recordo-me de andar com o meu pai no camião  pelo alto-alentejo quando era miudo e ver umas placas colocadas junto à estrada sobre uma tal ZLAN, Zona Livre de Armas Nucleares, e aquilo fazia-me umas cocegas incriveis, porque raio Nisa teria uma Zona Livre de Armas Nucleares?
Hoje fico feliz de Portugal em certas coisas estar tão atrasado.
Acho que à entrada de Arez ainda lá está uma placa dessas já muito debotada do sol...

Crise Nuclear : 核危机