quarta-feira, 7 de julho de 2010

A ida à praia.

Eu não gosto de praia.

A areia por vezes está muito quente e queima os nossos pés, o sol e o calor podem ser desagradáveis se ficarmos muito tempo parados, tem muita gente a ir e a vir pelo que a viagem de carro pode ser bem demorada.
E o vento na praia, que coisa mais inquietante! E as bolas de futebol a voar, irra! O Homem das bolas de berlim, os cães na praia! As ondas que fazem a bandeira ficar vermelha! Irra, irra irra!
Ir para a praia pode ser uma coisa bem desagradável! e é por isso que não gosto de praia.

No fim de semana passado fomos à praia com amigos, como fomos a meio do dia não havia trânsito na ida, na volta também não ouve. 
Estava um sol bem quente, a areia escaldava, nada que uns chinelos não resolvam e contornem.
Estava aquele vento que sacode os chapeus de sol como se fossem palmeiras. Graças ao vento tivemos horas de diversão no topo da duna a dirigir o papagaio em apertadas curvas e uma aterragem nas árvores e muitas quedas a pique, que invariavelmente nos obrigavam a montar o papagaio e nova descolagem. O vento estava bom para o nosso papagaio mas o Sr. do parapente não consegui descolar.
Levámos uma bola de futebol nº 4, não sabia que as bolas tinham números, mas aquela tinha lá escrito tamanho 4, o raio da bola era dura e pesada como uma pedra de calçada e cada vez que lhe dávamos um chuto o pé parecia que se desmanchava todo, ainda me doi o pé, mas passamos bons momentos a chutar no monstro!
A meio da tarde lá aparece o Sr. das bolas de berlim, com e sem creme, mas com uma cantilena de vendas assertiva e muito afinada "a crise económica ataca a europa inteira, olha as bolas de berlim, toca a sacar da carteira". No nosso grupo eramos 6 e vendeu 5, eu não quis, mas ajudei a Sónia a comer a dela.
Estavam ondas tão irrequietas que os peixes permaneciam na areia à espera que o mar acalmasse, tal agitação despenteia-lhes as escamas...
Quando o mar está agitado olhamos para ele de outra forma com outro respeito, sabemos que está ali e que a qualquer momento nos pode deitar ao chão e encher o cabelo os olhos e ouvidos de areia, e quem sabe beber uns pirulitos de água.
Na toalha fica aquela musica de fundo, do som das ondas a rebentar, aquele som que é constante mas não monotono e inconstante mas não irritante. Acho que o mar fala uma linguagem que todos entendemos...
Não escrevo sobre o cão do vizinho, porque ele portou-se tão bem que só demos por ele quando chegou feliz ao lado dos donos.

Bom, acho que me enganei com a praia, até gosto de ir à praia!

2 comentários:

  1. muita gira. assim a praia até parece fixe. obrigado pelo momento.

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  2. Um relato muito pessoal da praia... mas com o qual me identifico plenamente... para para mim de preferencia num ilha deserta no meio do Pacifico!

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